O que é um transplante de medula óssea?
É um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como leucemia e linfoma. Consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável.
O que é a medula óssea?
A medula óssea é um tecido de consistência mole que preenche o interior dos ossos longos e as cavidades esponjosas de ossos, como por exemplo os da bacia.
É nesse tecido que existem células progenitoras, ou seja, com capacidade para se diferenciarem e dar origem a qualquer célula do sangue periférico. São as chamadas stem cell ou células progenitoras/estaminais, em português. Estas células renovam-se frequentemente, mantendo um número relativamente constante.
Apesar de genericamente se falar de transplantação de medula óssea, de facto o que se faz é uma reinfusão ou transfusão no doente de células progenitoras retiradas da medula do dador. Estas células saudáveis vão substituir as células doentes e são responsáveis pela formação de novas células saudáveis. Mas para que o transplante tenha sucesso, as células saudáveis devem ser o mais possível compatíveis com as células do doente.
Como se processa a colheita de células de transplantação óssea?
Existem dois processos de colheita de células para transplantação de medula:
- Colheita a partir da medula óssea - Células progenitoras colhidas do interior dos ossos pélvicos. Requer geralmente anestesia geral e uma breve hospitalização;
- Colheita de células progenitoras periféricas - Colheita feita no sangue periférico, geralmente a partir de uma veia do braço, através de um processo chamado aférese, em que o dador tem de tomar previamente um medicamento que é um factor de crescimento que vai fazer aumentar a produção e circulação de células progenitoras no sangue periférico.
Além destes dois métodos, existe ainda outra fonte de células progenitoras que são as células do cordão umbilical. Neste caso, após consentimento prévio da mãe, as células são colhidas do cordão umbilical quando o bebé nasce. O cordão umbilical tem uma percentagem muito elevada de células progenitoras mas como a quantidade geralmente é pequena, são utilizadas, sobretudo, na transplantação de crianças.
Qual a probabilidade de encontrar um dador compatível?
Considerando todas estas abordagens, aproximadamente 80 por cento de todos os doentes têm, pelo menos, um potencial dador compatível. Esta percentagem subiu significativamente (em 1991 era 41 por cento) depois do esforço que foi feito mundialmente no recrutamento de dadores. Só que nem todos os doentes para os quais foi identificado um dador idêntico chegam à fase do transplante.
Como posso ser dador de medula óssea?
Se tem entre 18 e 45 anos, 50 kg de peso (no mínimo), não é portador de doenças crónicas ou autoimunes e não recebeu uma transfusão de sangue desde 1980 e gostava de ser dador voluntário de medula, informe-se, junto do centro de dadores (Centros de Histocompatibilidade do Sul, do Centro e do Norte) da sua região, qual o hospital ou centro de saúde onde se pode dirigir.
Após manifestar intenção de ser dador, deverá preencher um pequeno questionário clínico que será avaliado por um médico. Caso não haja nenhuma contra-indicação, vai ser chamado para fazer alguns testes. Se tudo estiver bem, os seus dados serão guardados numa base informática nacional e internacional.
O anonimato e a confidencialidade são rigorosamente mantidos.
Não, a medula é um tecido que se regenera rapidamente, pelo que é possível fazer mais do que uma dádiva.
Retirado de :
http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/doacao+de+orgaos+e+transplantes/medulaossea.htm
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